Mas que país é este? Mas qual é o caminho por onde andamos? E onde nos leva essa caminho?
As cidades, e falo principalmente de Lisboa, onde vivo e trabalho, está um caus. Os políticos fazem cá o contrário do que outros países nos tentam demonstrar. Falam em trazer jovens para o centro da cidade mas o que mostram é vontade de trazer mais e mais carros. São disso um exemplo claro os tuneis do Marquês ou as propostas de pontes sobre o Tejo. A poluição aumenta, os jovens continuam a fugir do centro, por motivos obvios de especulação imobiária, a cidade está cada vez mais confusa. E essa confusão afasta-nos. E os políticos? Onde estão as medidas que podendo ser impopulares hoje se tornariam trunfos no futuro?
A educação, bem, a educação não tem explicação. O actual erro, prontamente justificado como erro informático mas que a mim me levanta bastantes dúvidas, não passa de mais uma pedra no sapato. A educação neste país é uma miséria, uma verdadeira máquina de chouriços, ou de alunos. Entram crianças inocentes nas escolas primárias e saem verdadeiras máquinas capitalistas da faculdade (no nosso caso essas máquinas necessitam ainda de muito óleo porque até essa preparação não é muito boa)
A economia é outra vergonha. A fraude fiscal que deveria envergonhar é vista como um feito, uma vitória e um motivo de se vangloriarem perante os outros. A classe média não pára de ser atacada sendo disso exemplo o recente aviso do fim dos benefícios fiscais para as contas poupança habitação, reforma, etc... (provavelmente a única forma de alguns Portugueses pouparem), ou o aviso de que as idas aos hospitais podem passar a ser indexadas às declarações dos rendimentos (fraudulentos por sinal) - mas afinal não existem já impostos diferentes consuante o que cada um recebe.
Mais podia ser dito. E será, com o tempo.
O país está numa vergonha. E ninguém faz nada para mudar isso. Têm que ser os jovens a levantar a voz - onde eu me posso incluir se bem que com alguma dificuldade. A dizer BASTA. A dizer MAIS NÃO. Mas têm também que apresentar soluções. Reformas sociais e políticas, diferentes opções de escolha. Para isso o debate é importante, imprescindível mesmo. E as opiniões de todos têm que ser ouvidas.
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