Vou de férias.
E estou farto de Lisboa. Da cidade. Do barulho. Da confusão. Da poluição. Da quantidade de pessoas. Estou farto do transito. Da demora. Da obrigação. Do trabalho. Do calor. Dos dias. Das noites. De acordar. De ir. De não poder ir. De correr. De olhar à volta e nada ver. Estou farto do dia a dia como ele é. De pensar como deveria ser. Como poderia ser.
E por isso vou de férias. Vou para a calma de um local. Para o mar. Para o descanso. Para o azul e verde. Para a areia. Vou para a esplanada ler. Para a praia andar. Vou correr. Vou brincar. Vou dormir. Vou não fazer nada. Vou poder não fazer. Vou querer não fazer. Vou olhar. Fotografar. Contemplar. Vou.
Vou partir. Mas depois vou voltar.
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